Álvaro Matheus Valim Rosa é Mestre em ciências sociais e docente da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral (FAEF), de Garça, São Paulo.
A realidade educacional dos dias atuais nos impõem repensar que educação desejamos para o futuro. O perfil do estudante constantemente está em mudança e cabe às instituições escolares estar antenadas a isso, sob pena de perder o seu papel social caso não o façam. Assim, buscar na conciliação do tradicional com o moderno, isto é, na tradição de pensamento socrática com as mudanças promovidas pela globalização, nos parece ser um caminho valioso para estar à altura dos desafios que a nossa época histórica impõe.
Se olharmos para a história da filosofia na antiguidade grega, período de gestação de muitas ideias que perduram até hoje, podemos compreender que a contribuição de Sócrates para a nossa civilização foi de extrema importância. Isso porque, embora não tenha deixado qualquer publicação registrada, a filosofia que contribuiu para fazer emergir buscava relacionar a reflexão cognitiva com a experiência do pensador em relação aos objetos de conhecimento que lhe importavam.
No entanto, com o decorrer dos anos, principalmente a partir do Renascimento e dos efeitos do cartesianismo no modo de fazer ciência e educação, a dimensão da experiência foi sendo deixada de lado em favor do privilégio quase único e exclusivo da razão. A razão por ser entendida como objetiva, neutra e matematizável, se transformou em sinônimo de verdade; enquanto a dimensão da experiência no processo de conhecer, foi vista como subjetiva, tendenciosa e relativista. Diante dessa constatação, ainda que a contribuição de René Descartes e seus seguidores tenham sido importantes para a educação, ciência e filosofia, um problema se criou, isto é, a incapacidade das instituições em formar o aspecto socioemocional dos indivíduos que lhe fazem parte.
Com as atuais mudanças promovidas pelo aprofundamento da globalização e a intensificação das cobranças no mundo do trabalho, a educação socioemocional pode surgir para formar indivíduos com capacidade crítica e que saiba valorizar as relações humanas nas instituições produtivas, mas também, e principalmente, no ambiente social mais amplo. Como é contemplada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que no Brasil regula e orienta os conteúdos e abordagens da educação infantil ao ensino médio, a educação socioemocional tematiza a necessidade de promover uma relação de ensino e aprendizagem atenta aos processos subjetivos do ser humano, em uma formação integral e que possa despertar a habilidade de olhar o outro e com ele construir valores, saberes e propostas de intervenção no mundo em uma perspectiva mais humanizada.
É com esse olhar que devemos construir práticas e abordagens na perspectiva da educação socioemocional, e exigir que também no mundo do trabalho ela seja adotada. Os profissionais que se dedicam ao estudo da pedagogia passam a ser ainda mais elementares nessa mudança de paradigma educacional. Sendo profissionais e cidadãos críticos, poderão atuar em escolas, hospitais, empresas e organizações não governamentais como agentes catalizadores dessa transformação e privilegiar a formação de um modelo de indivíduo que possa compreender o real sentido da noção de empatia, e, por sua vez, atuar no mundo do trabalho e no mundo social ao promover a humanização em nossas relações.
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