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Postado em 21/09/2021

A IMPORTANTE ATUAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO EM COMISSÕES DE RESGATES

            Devido ao tempo seco e calor, incêndios em matas tem sido frequente no estado de São Paulo, esses além de ser prejudicial a saúde, acentuam o desenvolvimento de doenças respiratórias e atingem sistema da fauna, no qual encontramos além de devastação, encontramos animais que precisam de assistência médica.

            Em específico, o incêndio que atingiu o Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha -SP, recebeu uma comissão especializada para resgaste animal em desastres. Nessa comissão temos dois egressos da FAEF, Carolina Trebejo e Renan Borges, que aceitaram gentilmente contar um pouco dessa experiência.

            O Renan Borges Inácio é membro da Comissão de Resgate Técnico Animal e Medicina Veterinária de Desastres pelo CRMV/SP, está envolvido no processo desde o começo respondeu algumas perguntas sobre a atuação.

 

Quem pode e como conseguir fazer parte dessa comissão?

            As comissões técnicas do CRMV/SP são criadas por este órgão com o objetivo servir como instâncias de consulta e assessoramento técnico da Diretoria Executiva e do Plenário sobre assuntos específicos. São formadas por médicos veterinários devidamente inscritos no CRMV/SP que foram convidados a participar da comissão, levando em conta a expertise do veterinário nos assuntos pertinentes a comissão. Então não existe um processo seletivo e também não é um serviço voluntário.

            As comissões são instâncias do CRMV/SP, e no caso da Comissão de Resgate Técnico Animal e Medicina Veterinária de Desastres existe uma colaboração com entidades de Governo e de Estado, como o Departamento de Fauna da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, a Polícia Militar de São Paulo e o Corpo de Bombeiros.

 

Quais são os animais mais resgatados?  Depois do regaste para onde os animais são direcionados para recuperação? Quais são as formas de contenção e manejo? É levado medicação a campo?

            Os animais mais resgatados variam de acordo com o bioma envolvido no desastre, tipo do desastre, abundância de fauna local, então acontecem os mais variados tipos de resgate, não somente de animais silvestres, mas também de animais domésticos em situações de risco.

            Em qualquer cenário os animais resgatados são catalogados, e normalmente existe um posto médico veterinário avançado, próximo ao local do incidente, onde esses animais são recebidos, passam por uma triagem, são estabilizados e encaminhados aos Centros de Reabilitação devidamente regulamentados.

            Dentro de um cenário de risco, acidentes ou desastres naturais, não são realizados procedimentos e nem aplicações de medicamentos, tudo isso é realizado no posto médico veterinário avançado. Nas zonas de risco esses animais são recolhidos, usando técnicas e equipamentos específicos para resgate técnico animal, tudo com o objetivo de manter a integridade da equipe de resgate e do animal. Em casos específicos pode existir a necessidade de contenção química desses animais, o que será feito por um veterinário devidamente qualificado para isso.

 

Um breve relato da rotina de resgate, quais procedimentos que podem ser feito em campo? Como é feito a organização da equipe?

            A organização da equipe de resgate é algo complexo, não é somente entrar no mato e tentar pegar o bicho, existe todo um fluxograma, para a composição das equipes, que são organizadas desde as cadeias de comando, operacional, logística, triagem, atendimento e etc. Existe uma diretriz para se seguir, porém cada caso é um caso e as equipes são pensadas e formuladas para cada cenário que é encontrado durante um desastre ou uma situação de resgate animal.

            E a Carolina Bandeira Moreira Trebejo fez um breve relato da experiência que está tendo em atuar junto a essa comissão.

            “Olá pessoal, para quem ainda não me conhece me chamo Carolina e sou médica veterinária. Me formei na FAEF no ano de 2019 e logo em seguida, no ano de 2020 iniciei a residência em Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais aqui no Hospital de Grandes Animais da Uniso. Meu preceptor aqui da residência, Prof Leonardo Castro, sempre foi amante das emergências, assim como eu, e há alguns anos vem desbravando o mundo do Resgate Técnico de Animais em situações de desastres e catástrofes, área esta que talvez ainda não seja tão conhecida por todos, mas está cada dia mais crescendo e sendo de extrema importância na medicina veterinária e nos acontecimentos mundo a fora. Pois bem, foi através dele (Prof Leo), da residência e do Grupo de Estudos em Resgate Técnico Animal – GERTA, que comecei a ter contato com essa área e de fato atuar nas ocorrências como médica veterinária, juntamente com os demais da equipe. Nós atuamos em parceria com o Corpo de Bombeiros aqui de Sorocaba e região e com colegas veterinários que sempre que necessitam, solicitam nosso apoio. Atualmente foi criada a Comissão de Resgate Técnico Animal e Medicina Veterinária de Desastres pelo CRMV/SP, no qual o Prof Leonardo e nosso colega Renan Borges são membros.

            Recentemente, no incêndio do Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha/SP, tive a oportunidade de participar das atividades juntamente com outros veterinários da região, biólogos e o corpo de bombeiros, visando o atendimento dos animais vitimados, contabilização de animais que perderam a vida e monitoramento dos animais sobreviventes. Sob essas condições de incêndio, foi a minha primeira experiência e sem dúvidas o aprendizado foi enorme. Estar sobre condições extremas, nos prepara para enfrentar as mais diversas situações ao longo da nossa vida, poder atuar com outros profissionais de diversas áreas, gerou uma troca de conhecimento maravilhosa e enriquecedora. O cenário era desolador, a resiliência era a palavra da vez, mas o sentimento que fica é o de dever cumprido, em ter a certeza de que todos que estavam lá deram o seu melhor.”

            A FAEF parabeniza todos os envolvidos nessa linda e necessária missão, em especial aos nossos ex-alunos, que juntos as suas equipes estão realizando um excelente trabalho.

 

Renan Borges Inácio

Carolina Bandeira Moreira Trebejo

Coordenação Medicina Veterinária

 

Coordenação de Medicina Veterinária

Professora Esp. Marina Cabrini

Auxiliar de Coordenação Medicina Veterinária

Jéssica Alves Alvarenga

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