Há séculos a humanidade vivencia calamidades sanitárias diversas, como a peste negra e a gripe espanhola, contemplando o planeta Terra como palco de tais acontecimentos. A pandemia do coronavírus é mais um triste e árduo capítulo na história da humanidade. A velocidade de propagação da COVID-19 é tamanha que pode atingir dimensões e extensões inimagináveis, até para o mais experiente dos cientistas.
No Brasil o primeiro caso confirmado foi em 26 de fevereiro de 2020 e desde então, medidas preventivas estão sendo tomadas pelas autoridades na tentativa de conter o avanço da doença no país. O isolamento social se mostrou até agora a mais eficaz prevenção para que não haja uma superlotação nos hospitais. Estabelecimentos comerciais, governamentais e escolares estão com suas atividades suspensas, o que obriga as pessoas a permanecerem em suas residências. Apenas serviços essenciais como postos, farmácias e estabelecimentos que comercializam alimentos estão ativos e atendendo à população, sendo estes abastecidos por uma cadeia produtiva específica. Diante disso, caro leitor, eu lhe pergunto: O que seria do nosso isolamento sem alimentos de qualidade e com longa vida de prateleira? Quantas vidas iríamos perder sem o agronegócio? O que seria da população mundial se a cadeia produtiva de alimentos parasse?
A produção de alimentos possui uma cadeia produtiva denominada supply chain (cadeia de suprimentos), compreendendo diversos agentes, desde agricultores e produtores de insumos, agroindústria e mercado de atacado e varejo, terminando por fim no consumidor final. É um arranjo de setores que trabalham em conjunto de forma ordenada, para ofertar os mais diversos produtos, contando com a tecnologia e ciência como aliadas.
Os produtores rurais, desde grandes empresas até agricultores familiares, se dedicam todos os dias a abastecer a agroindústria de matérias-primas, as quais seriam possíveis de serem consumidas apenas por um curto período. A agroindústria possui diversos métodos para aumentar a vida de prateleira dos produtos agrícolas. Caso eu queira tomar uma água de coco na avenida paulista em São Paulo, não há necessidade de correr atrás de um coqueiro, até porque não iria achar um nas redondezas. Basta tranquilamente ir a um supermercado e comprar uma “caixinha” e me satisfazer. Que maravilha! Posso consumir um produto a quilômetros de distância da zona produtora. Digo o mesmo para leite, carne, molho de tomate, azeite, temperos, macarrão, congelados... uma infinidade de alimentos. Temos que louvar aos céus que a ciência nos permitiu controlar o crescimento de micro-organismos, atividade de enzimas e melhorar as características organolépticas, aumentando assim a oferta de alimentos. Imagine você tendo que produzir tudo no quintal de casa ou morar perto de alguma zona produtora. Iriamos trabalhar metade do dia só para garantir nosso almoço e janta. Que diversão para o período de isolamento! Sem o agronegócio ativo, a maior “pandemia” que iríamos viver teria um nome, fome. E aí, você já agradeceu um produtor rural?
ESTUDO É TUDO!!! ESTUDAR É PODER!
Coordenadora do curso de agronomia: Prof.ª Mestre Jéssica Fernanda Giroti
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